quarta-feira, março 22, 2006


Gelo Ogival

A obra rememora o episódio do ataque da bomba atômica à cidade de Hiroshima. Em uma das faixas da Avenida da Universidade, em Fortaleza,
performers trajados com macacões industriais montaram um “cemitério de gelo”, no qual cerca de duzentas barras do material – número que faz referência aos mais de 200 mil mortos pela bomba - ficaram dispostas como lápides no interior de um gradeado de madeira. A instalação discute as relações da dimensão espiritual do episódio, relacionando o gelo – de aspecto duro, mas com uma aparência leve e suave, que derrete com a luz do sol – às vítimas do ataque, que derreteram com a radiação. Houve um toque de sirene e foram distribuídos panfletos, que traziam um texto contra a barbárie, a guerra, a violência e o fundamentalismo. A apresentação durou até as barras de gelo derreterem.